INSERIDO
João Paulo Naves Fernandes
Estrelinhas saíam
de meus olhos,
viajavam
até encontrarem lar.
A boca
amargava
conforme
segurava
momentos,
media,
desaguava.
Depois,
vinha um rio,
onde as palavras
se deleitavam,
casavam,
febris,
em oceano
profundo.
Construíam o planeta.
A realidade
mesclava
dor e sonhos.
Os pés
sobre o chão duro
tinham o impacto
de lençóis nos varais
em dias de Sol,
conectavam
terra e vento,
eu no mastro.
Era preciso
repor a vontade
sobre a ordem,
dar espaço
às descobertas noturnas
antes que tudo voltasse
a ser pedra e pó.
Por isso
o tempo,
a velha
maturação
curtida,
diariamente,
por fora
dos significados,
criando...
Observo,
pela manhã
a superfície
do mar,
em busca
de um fino
tapete,
onde esconda
meus sonhos.
Faço o mundo,
e não me arrependo...
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