ISC - Idealizado em 1993, o Instituto Salerno-Chieus nasceu como organismo auxiliar do Colégio Dominique, instituição particular de ensino fundada em 1978, em Ubatuba - SP. Integrado ao espaço físico da escola, o ISC tem a tarefa de estimular a estruturação de diversos núcleos de fomento cultural e formação profissional, atuando como uma dinâmica incubadora de empreendimentos. O Secretário Executivo do ISC é o jornalista e ex-prefeito de Ubatuba Celso Teixeira Leite.
O Núcleo de Documentação Luiz Ernesto Kawall (Doc-LEK), coordenado pelo professor Arnaldo Chieus, organiza os documentos selecionados nos diversos núcleos do Instituto Salerno-Chieus (ISC). Seu objetivo é arquivar este patrimônio (fotos, vídeos, áudios, textos, desenhos, mapas), digitalizá-los e disponibilizá-los a estudantes, pesquisadores e visitantes. O Doc-LEK divulga, também, as ações do Colégio Dominique.

LEK - Luiz Ernesto Machado Kawall (1927-2024), jornalista e crítico de artes, foi ativo colaborador do Instituto Salerno-Chieus (ISC) e do Colégio Dominique. É um dos fundadores do Museu da Imagem e do Som de São Paulo e do Museu Caiçara de Ubatuba.

31 julho 2015

FESTIVAL DE VIOLA

Museu vai realizar festival de Arte e viola caiçara


Ubatuba - Cerca de 40 violeiros de Ubatuba, Paraty, São Luiz do Paraitinga, Caraguatatuba e Taubaté estarão reunidos no Sítio Sapé, na Praia do Tenório, em Itaguá, participando do VII Festival de Viola Caiçara e Sertaneja, que será realizado no próximo dia 29, das 14 às 18 horas. Este ano, o festival, promovido pelo Museu do Bairro do Tenório, vai homenagear o mais velho violeiro do bairro, Miguel Firme, o “Miguelzinho”, seresteiro de 76 anos, tocador de cavaquinho, pandeiro e reco-reco.
O primeiro festival de viola caiçara foi realizado em 1959, quando sete violeiros de Itaguá aceitarem o convite do jornalista e admirador da cultura popular, Luiz Ernesto Kawall, para tocarem no seu sítio. A partir desse ano o festival se repetiu com intervalos irregulares, mas sempre com um público cada vez. Nos últimos anos ele tem sido realizado de dois em dois anos e no último atraiu 32 violeiros do Litoral Norte e Vale do Paraíba.
Assim como o festival, o Museu do Bairro do Tenório - considerado o menor museu do mundo e o único do gênero no Brasil - surgiu da iniciativa de Luiz Ernesto Kawall e da adesão da comunidade. Fundado há cerca de seis anos, reúne em seu acervo objetos, quadros, livros, fotos antigas doadas pelos próprios moradores da região.  Algumas dessas peças foram expostas na I Jornada Cultural, organizada pelo Instituto de Estudos Monteiro Lobato, IEML, em junho deste ano. Além dos objetos caiçaras, o museu possui uma biblioteca rural, com livros sobre lavoura e pesca artesanal.
O museu está instalado numa casa de estilo colonial, construída com portas, janelas e tijolos velhos doados pelos próprios moradores. Atualmente, ele é presidido por Praxedes Mário de Oliveira e vem sendo mantido dentro do objetivo de funcionar como um espaço cultural comunitário.
Paralelamente ao festival - que este ano terá como patrono o historiador e ex-prefeito Washington de Oliveira, o “Filhinho” - no Sítio do Sapé estará aberto ao público uma exposição de artistas e artesãos locais, como João Teixeira Leite (máscaras em papel marche), Dona Ritinha (toalhas e cortinas de retalhos), Bigode (escultura em madeira), Adilson Mayer (fotografia) e Edson Athanásio Silva (coleção de fotos antigas de Ubatuba).
Durante o evento, os promotores vão organizar o concurso “Pinte o Museu” coma participação de alunos das escolas estaduais e municipais.
O VI Festival de Viola Caiçara e Sertaneja vai distribuir prêmios entre os participantes, que serão julgados por uma comissão presidida pelo cantor e compositor Renato Teixeira. Os inscritos vão se apresentar em duplas, grupos ou individualmente e haverá também um show com o grupo Paranga, de São Luiz do Paraitinga. O grupo, vencedor de dois festivais anteriores, tinha se dissolvido, mas há cerca de seis meses os seus integrantes voltaram a tocar juntos e o Paranga será um dos convidados desse festival.

Jornal ValeParaibano

Terça feira, 25 de outubro de 1988.

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