ISC - Idealizado em 1993, o Instituto Salerno-Chieus nasceu como organismo auxiliar do Colégio Dominique, instituição particular de ensino fundada em 1978, em Ubatuba - SP. Integrado ao espaço físico da escola, o ISC tem a tarefa de estimular a estruturação de diversos núcleos de fomento cultural e formação profissional, atuando como uma dinâmica incubadora de empreendimentos. O Secretário Executivo do ISC é o jornalista e ex-prefeito de Ubatuba Celso Teixeira Leite.
O Núcleo de Documentação Luiz Ernesto Kawall (Doc-LEK), coordenado pelo professor Arnaldo Chieus, organiza os documentos selecionados nos diversos núcleos do Instituto Salerno-Chieus (ISC). Seu objetivo é arquivar este patrimônio (fotos, vídeos, áudios, textos, desenhos, mapas), digitalizá-los e disponibilizá-los a estudantes, pesquisadores e visitantes. O Doc-LEK divulga, também, as ações do Colégio Dominique.

LEK - Luiz Ernesto Machado Kawall, jornalista e crítico de artes, é ativo colaborador do Instituto Salerno-Chieus (ISC) e do Colégio Dominique. É um dos fundadores do Museu da Imagem e do Som de São Paulo e do Museu Caiçara de Ubatuba.

sexta-feira, 31 de julho de 2015

O MUSEU CAIÇARA


O Museu Caiçara nasceu de uma ideia do caiçara ubatubense Praxedes Mário de Oliveira e do jornalista Luiz Ernesto Kawall. Inaugurado em 1983, no Sitio Sapé, funcionou primeiramente como Museu do Bairro do Tenório. E assim permaneceu, cercado de violeiros e turistas que apreciavam a cultura caiçara. Era uma espécie de espaço cultural comunitário que contava um pouco da história dos bairros do Itaguá, Tenório, Acaraú, Ponta Grossa e adjacências. 

O Museu do Bairro do Tenório realizou 14 Festivais de Viola e inúmeros encontros caiçaras onde se apresentavam grupos folclóricos regionais. Posteriormente, em 1996, o Museu do Bairro foi doado ao Projeto Tamar-Ibama, onde funciona atualmente. Ampliando a sua ação, a sua sistemática e a sua filosofia. 

A estrutura do Museu Caiçara reporta-se à forma das antigas construções caiçaras, o pau-a-pique, também chamado taipa de pilão. Montada a estrutura básica que consiste em madeira bruta lavrada a mão pelo mestre carpinteiro e construtor Jorge Inocêncio Alves, estas são fincadas nos extremos e no meio das futuras paredes, ligadas na parte superior por madeira bruta. Os vãos dessa estrutura, tanto interna quanto externamente, são preenchidos com um trançado de juçara, obtida do troco de “pés” de palmito, unidos entre si pela casca de uma espécie de cipó denominado “imbé”. Sobre o trançado é aplicado barro convenientemente hidratado e amassado com os pés. 

O chão é de moledo, mistura de argila com cinza, em quantidades ideais que, após socada, formam o piso do Museu. 

 Foram também utilizados na construção do Museu Caiçara materiais egressos de construções antigas: as telhas são da Fazenda Velha, as bandeiras que adornam as laterais são do antigo Hotel Felipe e as vigas e portas de canela da Casa Vigneron, do Itaguá, marcos na memória de Ubatuba.

O Museu Caiçara, idealizado e doado por Luiz Ernesto Kawall, foi construído por Jorge Inocêncio Alves, Manoel Néri Barbosa, Madalena de Oliveira, todos do Ubatumirim. As pinturas são de João Teixeira Leite.

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