Texto
Arnaldo Chieus
Dentro do ciclo de festas da religiosidade expressas no
catolicismo popular, a Folia de Reis é aquela que comemora o nascimento
de Jesus Cristo. Essa festa faz parte de uma tradição popular originária na
Europa que foi introduzida em Portugal por volta do século XIV e que
sempre esteve associada à devoção religiosa do ciclo natalino comemorada
com música folclórica e festas populares. O português que colonizou o
Brasil veio com todo um precioso acervo acumulado de séculos de cultura,
civilização e contatos com os mais diversos povos. Em sua bagagem, a
saudade é uma das principais responsáveis pela sua energia, coragem e
capacidade de permanecer nos horizontes distantes. [1]
“Em Portugal, a Folia de reis tinha como finalidade o
divertimento do povo. Durante o seu transcorrer, os grupos batiam às portas
das famílias, onde eram abertas as chamadas salgueiras, depósitos de
mantimentos, pois nessa época, na Europa, é inverno. Ao chegar ao Brasil,
a Folia de Reis adquiriu um sentido mais religioso do que profano.” [2]
“Parece que a denominação “folia” apareceu, primeiro, em
Portugal, para designar uma dança barulhenta, com acompanhamento de
pandeiros. A mais velha referência portuguesa é de Gil Vicente. Em seu
“Auto da Sibila Cassandra”, ele apresenta uma écloga de 1505, na qual os
personagens cantam uma “folia”. E a primeira música com esse título,
segundo o “Grove’s Dictionary” foi encontrada em Salinas (“De Música
Libri semptem”, 1577), em duas versões”.[3]
O colonizador português trouxe para o Brasil diversas
tradições associadas à religiosidade popular católica entre a quais aquelas
ligadas ao ciclo de devoção natalino.
Com o tempo essas práticas ganharam corpo e se espalharam
por uma vasta extensão do território, ganhando adeptos e linguagens
próprias em cada região.
Em todo o Estado de São Paulo é muito grande a devoção aos
Santos Reis, que se expressa na multiplicidade de um complexo de
manifestações dentro do Ciclo de Natal, geralmente sincretizando alguns
componentes do catolicismo oficial com outros folguedos do folclore local,
tornando-os diferentes e peculiares em relação às diversas versões de
Reisados de outros estados e regiões do país.
Conforme Francisco Pereira da Silva, “a Folia de Reis (que
não há que se confundir com a do Divino)... é uma das mais bonitas
manifestações da alma popular do nosso folclore natalino. Trata-se, em
linha geral, de um grupo religioso (no sentido extra-oficial) que, em
visitação aos lares da sua comunidade contrafaz a peregrinação dos Reis
Magos em demanda do menino-Deus recém-nascido na manjedoura de
Belém. De 24 para 25 de Dezembro, no instante neutro da meia-noite, entra
a Folia em função. Termina a 6 de Janeiro, Dia de Reis. Mas,
excepcionalmente, prolonga-se até Nossa Senhora das Candeias. Isto é, 2
de Fevereiro, que tem a denominação poética de “Candelárias”. O povo é
um amor.”
Entre os caiçaras de Ubatuba “a devoção ao Santo Reis se
comemora com cantorias e peregrinações durante todo o ciclo de Natal, que
vai desde o início de dezembro até fins de janeiro e possibilita encontros de
músicos dos diferentes bairros. Como acontece com a devoção ao Divino, o
Santo Reis é considerado como entidade única. Embora saiba da existência
dos três reis magos que visitaram o presépio, o caiçara (e mesmo o caipira
do interior) a eles não se refere, e a devoção aos reis não está ligada a
imagens. O devoto antes os transforma num único santo, sem imagem
identificadora, e proclama:”
- “o santo reis é um santo muito milagroso.”
(Kilza Setti, p. 258/259)
Esse caráter milagroso das folias está associado ao seu período
de peregrinação, organizada geralmente em conseqüência de uma
promessa, seja esta feita pelo seu mestre ou por um de seus componentes,
que têm entre si alguma relação de parentesco ou amizade. E pelos laços da
promessa os componentes da folia assumem entre si o livre compromisso
de empreenderem a jornada dos Reis por um período de sete anos. Para que
um folião de Reis se considere desincumbido de suas funções com a folia é
necessário que ele cumpra a jornada completa dos sete anos de Folia, o que
poderá ser feita de forma contínua ou não. Depois de cumpridos os sete
anos os foliões estão desobrigados com a folia podendo passar a sair à
vontade, neste ou naquele ano, a menos que façam novas promessas.
(Folias de Reis, Zaide Maciel de Castro e Araci do Prado Couto – Folias de
Reis – Revista do Arquivo Municipal – CLXV – 1959).
Quanto às promessas, essas quase sempre são feitas no intuito
de obter-se o restabelecimento da saúde do próprio promesseiro ou de
alguém efetivamente a ele ligado, geralmente um parente próximo. A
promessa também tem a duração de sete anos, o mesmo tempo da jornada
ou peregrinação da Folia e sua renovação, quando ocorrer, se dá em
múltiplos desse número.
Como ocorre com a Folia do Divino, os agrupamentos de
foliões e devotos são designados por Folia de Reis. Seja por devoção, gosto
ou função social, peregrinam de casa em casa no período compreendido
entre 24 de dezembro (véspera de Natal) até 6 de janeiro (Dia de Reis) com
cantadores e instrumentistas entoando versos e cantorias com fundo
religioso cumprindo sempre uma ritualística pré-estabelecida. Os versos
têm início com o tema da Profecia do nascimento do menino Jesus até a
visita dos Reis Magos.
Conforme Alceu Maynard Araujo, “a folia se reveste de um
caráter sagrado, são os representantes dos reis magos visitando os
devotos, havendo um ritual de visitas e reverências nas casas onde há
presépios. Na cantoria os versos giram em torno deste temas: anunciação,
nascimento, estrela-guia, Reis Magos, adoração, ofertório, agradecimento
e despedida”.[4]
Os figurantes da folia são chamados, em conjunto, foliões,
mas, havendo necessidade de especificar, dividem-se em foliões e
palhaços. Os primeiros, uniformizados, são cantores e músicos e, durante a
jornada, marcham a passo descansado em formação militar, acompanhando
a bandeira. Os segundos são principalmente dançarinos e cômicos, ficam
em segundo plano em relação aos foliões, sofrem uma série de restrições
que serão estudadas a seu tempo, mas vestem-se do modo que desejam e
cantam chulas à sua vontade, quando chega a sua vez.
Se para alguns membros ou acompanhantes da Folia de Reis a
sua devoção está associada ao cumprimento de uma promessa, para outros
ela pode significar um devotamento essencial ou, em outros casos, simples
divertimento. Evidentemente que todos os seguidores, sejam os contínuos ou esporádicos, sempre cumprem uma determinada ritualística que é fixada
pela própria Folia. Importante ressaltar que a Folia, por ser dinâmica na sua
peregrinação, nem sempre permite ao devoto ou seguidor estar presente em
todo seu trajeto. Por isso é comum nas Folias que percorrem nosso extenso
e recortado litoral ter um grupo de foliões fixos, geralmente o versista
principal e alguns músicos.
O versista é na maioria das vezes o mais experiente dos
componentes da folia quer pelo seu caráter gregário para arregimentar
seguidores quer pela sua capacidade de memorizar e improvisar versos.
“No litoral norte de São Paulo, “Reis” e mais raramente “Folia
de Reis”, e também “Reisado” o grupo de instrumentistas e cantadores que,
durante a noite, costuma entoar, de porta em porta, versos relativos à visita
dos Reis magos ao Menino Jesus e, inclusive, à Paixão de Cristo, em busca
de ofertas que são usufruídas pelos próprios e as quais podem se resumir
num simples café.”
Muito embora a Folia de Reis tenha personagens próprios,
composto por mestre e contramestre, os três reis magos, palhaços e foliões,
no caso das Folias que percorrem Ubatuba não temos a ocorrência dos
palhaços uma vez que a bandeira de Reis, entre os caiçaras, tem espírito
basicamente devocional.
Como toda tradição folclórica, a Folia de Reis vive e
sobrevive em Ubatuba como sempre viveu, ou seja, em constante e
dinâmica ruptura com o rito tradicional. Tanto o toque quanto o ritmo, a
composição dos versos e seu canto, e a própria composição de seus quadros
apresenta uma diferença marcante, diferenciando-a daquela que se
apresenta no interior do estado.
Há que se acrescer a isso o fato de que a cidade de Ubatuba,
nos dias de hoje, possui uma dinâmica completamente diferenciada,
alterada pelo grande fluxo de migrantes, principalmente daqueles egressos
do norte de Minas Gerais e da região nordeste. E o folclore desta região do
litoral caiçara paulista, que é tradição e também e principalmente
assimilação, sofre com isso um processo de constante ruptura. Essas
rupturas, muito embora tênues posto que imperceptíveis ao neófito, vão se
acrescentando silenciosa e naturalmente aos entrechos da linha devocional
caiçara. Porém alguns pontos da Folia ainda permanece fiel ao formato
tradicional.
Segundo Odaci Araújo, filho e neto de cantadores de Reis, em
época não tão recente (1950) ocorreu uma divisão dos Reis em dois grupos:
um deles, mais chegado às festas, que terminava sua cantoria em baile;
outro, estritamente religioso, encerava no Reis uma verdadeira pregação.
Esses fatores dizem respeito mais exclusivamente ao aspecto social que
envolvia os respectivos grupos.
E muitas são as histórias que ligam o caiçara com a devoção e
às jornadas dos Reis, a que alguns dão o nome de voto, significando o
convite a amigos e companheiros para cantarem juntos a Folia dos Santos
Reis.
A esse respeito Catarina de Oliveira Prado nos contou de viva
voz que ao tempo de seu pai, em sua casa, no Perequê-Açú, nos meses de
dezembro, janeiro e fevereiro realizava-se uma devoção com os Santos
Reis devido a uma pescaria que ele foi fazer e à qual foi estipulada uma
promessa aos Santos Reis. Segundo a tal promessa, se tudo corresse bem
ele prestaria homenagem cantando nas festas de reis. À época da promessa,
seu pai, que era funcionário público do grupo escolar, então a única escola
de Ubatuba, teria sido convidado por alguns companheiros para cantar o
Reis, mas, ao invés disso, ele, que gostava muito de caçar e pescar, ao invés
de atender ao convite dos amigos, resolveu “botar tróia” respondendo aos
amigos: “vou matar alguns peixes para vender e sustentar a família”.
Ocorre na pescaria ele sofreu um acidente sendo ferido pelo esporão caudal
de uma raia, o qual produziu profundo e doloroso ferimento em sua perna.
Socorrido, foi trazido para a cidade onde foi tratado pelo Luiz do Bico o
qual foi, “no último quartel da sua vida o coronel Luiz Domiciano da
Conceição, prestigioso chefe político do município, merecendo, por seus
méritos a perpetuação do nome numa das ruas da cidade” [5]
Pois bem, já tratado, arrependeu-se e prometeu, se ficasse
bom, no ano seguinte iria fazer o voto e a devoção aos Santos Reis todo dia
6 de janeiro. Daí por diante, de 1º de dezembro a 6 de janeiro sua casa era
toda festa, com aquele povaréu todo, baile, instrumentos de corda,
cavaquinho, pandeiro, rabeca...
Já para Priscila Siqueira, jornalista radicada em São Sebastião,
“o Reisado Caiçara é uma espécie de serenata, cantada sempre à noite, e
seus participantes não saem caracterizados. No Reisado do Litoral não se
pode acender as luzes ou abrir as portas das casas enquanto o grupo de reis
está cantando. Nesta manifestação popular, a rabeca, um instrumento muito
importante, é normalmente tocada pelo líder do grupo. Como na Folia de
Reis, os participantes do grupo de Reisado consideram a música e seus
versos verdadeira oração.[6]
Ocorre que os grupos são montados por volta da época da data
católica do Advento formando-se a partir de então uma peregrinação
passando alegremente pelas casas levando a “cantoria de reis”.
De “Os Caiçaras Contam” [7]
recolhemos os seguintes
depoimentos:
“Nasceu Jesus, nasceu Nosso Senhor.
Nasceu Jesus, nessa noite de amor.
Nasceu Nosso Senhor, nasceu Jesus.
O mundo inteiro todo cercado de luz.”
Versos da Folia de Reis, cantados por Orlando Antonio de
Oliveira, 77 anos.
O folclorista caiçara José Ronaldo recolheu do grupo da praia
do Sapé a letra abaixo transcrita:
1. Ó de casa cavalheiro/ Diga se eu posso entrar/ Se houver
algum agravo/ Aí diga que eu quero voltar.
2. Viemos cantar o rei/ Hoje mesmo que é devido/ Viemos
trazer notícias/ Ai de Jesus nascido.
3. Os três reis encaminharam/ Pelas partes do Oriente/
Chegam na corte de Herodes/ Ai perguntaram de repente.
4. Onde era nascido/ O verdadeiro Messias/ Rei Herodes
respondeu/ Ai eu vou ver na profecia.
5. Lá na profecia reza/ Que era nascido em Belém/ Ides lá e
voltais aqui/ A que eu quero ver também.
6. Herodes que nem malvado/ Que nem perverso, maligno/
Foi ensinar aos três reis/ Ao as avessas do caminho.
7. Viagem que era de um ano/ Fizeram em quinze dias/
Porque foram bem guiados/ Ai pelo infante rei-Messias.
8. Atrás daquela cabana/ Uma estrela aparecia/ Era neto de
Sant'Ana/ Ai filho da Virgem Maria.
9. São José quando se viu/ Entre nobres companhias/ De
prazer e de alegria/ Ai não sabia o que fazia.
10.Vinte e cinco de dezembro/ De meia noite pro dia/ Nasceu
o menino-Deus/ Ai filho da Virgem Maria.
11.Eu não vos peço ofertas/ Que são coisas de valia/ luz acesa
e porta aberta/ Ai e afeição de alegria.
12.Ó senhor que estais dormindo/ Nesse seu colchão dourado/
Vinde nos abrir a porta/ Ai que aqui estão vossos criados.[8]
Os temas relativos à profecia do nascimento do Menino Jesus
sofre variações em face diversos fatores sejam eles de ordem geográfico ou
aqueles relativos à capacidade de memorização e à de improvisação do
verista que associa variações ao tema central, essencialmente religioso,
outros motivos, sejam líricos ou amorosos
OUTRAS FORMULAÇÕES
Uma tradição centenária da idade do Casarão do Porto
Folheto distribuído pela Prefeitura Municipal de Ubatuba por ocasião da Folia de Reis/década de 80
Diz Odaci de Araújo, filho e neto de cantadores de Reis, que
foi Baltazar da Cunha Forte quem trouxe para Ubatuba, aproximadamente
em 1830, mão de obra mineira para construir sua casa (hoje tombada pelo
Patrimônio Histórico e chamada de Sobradão ou Casarão do Porto). Com
esse pessoal reviveu-se o costume de cantar ao som da viola, depois do
trabalho, várias cantigas e entre elas o Reis (dançava-se também a folha
verde, o xiba e outras danças folclóricas).
Unindo-se com gente da Praia da Fortaleza (ao sul), do Poruba
e da Picinguaba (ao norte) e até mesmo de Paraty, vindos a Ubatuba nos
tempos áureos do café em busca de trabalho, iniciaram um canto aos Reis
baseado no mineiro. Com algumas alterações, ele é entoado até hoje na
região.
Mais recentemente (1950) é a divisão dos Reis em dois
grupos: um mais chegado às festas, que terminavam a cantoria em baile;
outro estritamente religioso, que encarava o Reis como uma pregação.
Os instrumentos musicais utilizados pelos dois grupos eram
quase os mesmos, sempre feitos por aqui e Odaci cita o nome de Benedito
Carros como fazedor de viola e rabeca (nome dado ao violino), em
nogueira. Para acompanhar o Reis entoado no Centro (religioso), tocava-se
viola, rabeca, pandeiro e reco-reco de bambu. O Reis da chamada Rua
Nova, mais festeiro, era acompanhado por viola, rabeca, pandeiro, reco-
reco e cavaquinho.
Hoje se usa violão, cavaquinho, clarinete, pandeiro e bumbo. E
continua a tradição do “tipe” ou “tripé”, cantor que faz uma voz fina junto
aos instrumentos, nas estrofes intermediárias, sem letra.
Como é tradição em todo lugar onde se cantam as Folias (de
Reis ou do Divino), os cantadores são recebidos nas casas que visitam com
comida e bebida, de preferência não alcoólica. Cantar aos Reis é obrigação
que dura sete anos, geralmente iniciada para se alcançar uma graça.
DUAS LETRAS PARA O MESMO REIS
Há duas letras de Canto de Reis. Uma, mais antiga, não tem
autor conhecido e ela tem passado através das gerações. Ela diz o seguinte:
Ó de casa, ó nobre gente
Diga que vos ouvireis
Uma cantiga excelente
Que se canta pelos Reis.
Padeceu nosso Jesus
Foi arrastado Bis
E pregado na cruz
Os três Reis quando vieram
Lá da parte do Oriente
Chegaram à porta de Herodes
Perguntaram de repente.
Padeceu nosso Jesus...
Aonde era nascido
O verdadeiro Messias
Rei Herodes respondeu
Que ia ver nas profecias.
Padeceu nosso Jesus...
Que nas profecias reza
Era nascido em Belém
Se fores lá, voltai aqui
Que eu quero ir ver também.
Padeceu nosso Jesus...
Os três Reis lá do Oriente
Se puseram em jornada
Foram dar com Cristo em Roma
Às horas da madrugada.
Padeceu nosso Jesus...
Detrás daquela cabana
Uma estrela aparecia
Era o neto de Santana
Filho da Virgem Maria
.
Padeceu nosso Jesus...
Jesus Cristo foi nascido
No presépio de Belém
Para todo o sempre, amém.
FOLIA DE CANTO AOS REIS
Uma segunda letra da Folia de Reis usa a mesma base da
primeira, mas recebeu versos novos há cerca de 30 anos, feitos por Manoel
Barbosa, cantador de Ubatuba que passou para seu filho a preocupação de
manter vivo no município o costume; o rapaz, conhecido por Mané
Babirro, saiu com a Folia até 1983, quando faleceu. Há um novo grupo se
apresentando em público, com a intenção de preservar as tradições
folclóricas locais.
Ó de casa. Ó nobre gente
Acordai e ouvireis
Estes cânticos excelentes
Que se canta pelos Reis
Aleluia, Jesus nasceu
O mundo inteiro
Da luz se encheu
Adoramos o Salvador
Vem nos traze
Paz e amor.
Os três Reis quando vieram
Lá das bandas do horizonte
Chegaram à porta de Herodes
Perguntaram de repente
Aleluia, Jesus nasceu...
Aonde era nascido
O verdadeiro Messias
Rei Herodes respondeu
Que ia ver nas profecias
Aleluia, Jesus nasceu...
Nas profecias constava
Que nascera em Belém
Ide lá, voltai aqui
Que eu quero
Ir ver também.
Aleluia, Jesus nasceu...
Em Belém cantaram os galos
Jesus Cristo já nasceu
Os anjos cantam hosanas
E o céu resplandeceu.
Aleluia, Jesus nasceu.
O mundo inteiro
De luz se encheu
Adoramos o Salvador
Vem nos trazer
Paz e amor...
Notas:
1 Dante de Laytano – Origens do Folclore Brasileiro – Cadernos de Folclore nº 7, Rio de Janeiro, 1968.
2 Thereza Regina de Camargo Maia – Paraty religião e folclore
3 Thereza Regina de Camargo Maia – idem
4 Folclore Nacional Festas Bailados Mitos e Lendas. Alceu Maynard Araujo. Edições Melhoramentos, 1964.
5 Oliveira, Washington de. A Farmácia do Filhinho. Ubatuba. 1989.
6 Priscila Siqueira, “Crianças comandam a Folia de Reis”, in O Estado de São Paulo, 09/JAN/1982.
7 Marcos Frenette, “Os Caiçaras Contam”, Publisher /Brasil, /São Paulo, 2000.
8 Cantiga dos Santos Reis - Crônica do Zé - Jornal “A Cidade”, 22/23 de março de 2014